As desigualdades sociais, o radicalismo e a falta de união nacional

A pandemia de Covid aprofundou as desigualdades sociais no Brasil, assim como em todo o mundo. A crise atingiu os setores econômicos de forma muito diversa: empresas grandes e bancos aumentaram caixa e liquidez, enquanto muitas empresas pequenas e médias quebraram; trabalhadores do setor público mantiveram emprego e renda, enquanto trabalhadores do setor produtivo enfrentaram desemprego e cortes de salários.

O cenário de desigualdade e crise favorece o radicalismo, que pode ser mais letal que o novo coronavírus. A falta de uma leitura correta da realidade leva às paixões cegas, que alimentam conflitos e a destruição mútua, prejudicando a formação de uma união nacional para a superação dos inimigos comuns.

Em plena pandemia, os políticos se dedicam a debater projetos visando extrair renda extra dos menos favorecidos, para desonerar os que nada perderam com a crise. Um relator da “reforma tributária” dos ricos, chamada de PEC 45, insistiu em onerar as alíquotas de alimentos, de escolas, de assistência médica. O presidente da Câmara sustou a iniciativa, mas haverá grupos de interesse tentando retomar a proposta dentro do próprio governo, com outro nome e outra sigla de tributo.

Leia a análise de Paulo Rabello de Castro (economista e membro do Atlântico) a respeito destas questões.

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