Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), informa que mais de 36 mil estabelecimentos industriais foram fechados entre 2015 e 2020, ou seja, 17 por dia. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os dados da série histórica (iniciada em 2002) mostram que mesmo perdendo participação relativa perante outros setores, a indústria de transformação abria novas fábricas até 2014.
O processo de desindustrialização foi evidenciado pelo fechamento da Ford, mas antes outras multinacionais fecharam as suas portas, como a Sony e a Mercedes-Benz, que parou de fabricar automóveis no país. Estimativas da CNC mostram que a participação da indústria no PIB deve chegar a 11,2% em 2020 – o valor mais baixo desde 1946. Lembremos que esse percentual já foi de 18%!
Os principais motivos são óbvios: o custo Brasil, do qual a carga tributária, alta e complexa, é um dos principais componentes, a insegurança jurídica, o ambiente adverso aos negócios no país e a falta de perspectivas de realização de reformas por parte do governo.
O Atlântico – Instituto de Ação Cidadã vem defendendo há anos, uma série de reformas essenciais ao desenvolvimento do Brasil. Entre elas, uma reforma tributária ampla e simplificadora, que fomente o crescimento econômico e a competitividade.
O Instituto elaborou um projeto completo de reforma tributária, uma proposta de emenda à Constituição, com capacidade de ser aprovada e implantada rapidamente, justamente por não alterar de forma significativa os níveis atuais de tributação e de arrecadação dos entes federativos, além de manter os incentivos existentes, tais como a Zona Franca de Manaus.
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