O Brasil de 2022 naufraga na falta de perspectivas, precisando escolher entre dois pólos políticos, semelhantes no populismo e na ineficiência ao gastar o dinheiro público. Ambos representam soluções testadas e rejeitadas, que levaram o país à derrocada moral e econômica.
O filósofo Luiz Felipe Pondé analisou o pessimismo reinante no país, em um artigo publicado recentemente na Folha de S. Paulo. Em sua visão, vivemos o que ele chama de niilismo político prático, caracterizado por “crer em nada e em ninguém, perda de esperança, notas de cinismo, um ceticismo paralisante amparado na experiência histórica recente.”
“Há uma falência na crença de toda e qualquer narrativa, para o gozo dos inteligentinhos pós-modernos. A política brasileira é um salve-se quem puder e dane-se o resto”, completou.
De fato, vivemos uma sucessão de escândalos e más notícias, sendo incapazes de implementar uma solução para sairmos da crise. Mas, o ceticismo e a perda de esperança têm fundamento?
Negativismo que cega
Na verdade, o Brasil tem um potencial imenso, tanto de recursos naturais, quanto humanos. Quando falamos de pobreza, também falamos de um contingente populacional expressivo para integrar na força de trabalho e no mercado consumidor. Quando falamos de atraso, falamos de áreas para desenvolver infraestrutura.
O Brasil produtivo é o país da resiliência das pessoas e empresas. Enfrenta crises sucessivas, políticas econômicas malucas, aumento dos impostos, pandemia e segue em frente, mesmo cambaleante.
Nós esquecemos o que já foi feito e continua sendo realizado, apesar de Brasília. Os investidores estrangeiros não esquecem e voltam, ao menor sinal de estabilidade e melhoria do ambiente de negócios.
O Brasil é hoje um paciente em depressão, que tem uma visão distorcida de si mesmo e da sua potencialidade. Afundado no marasmo, não consegue abrir a mente para outras possibilidades, para outros caminhos. Ao contrário, está preso a pensamentos circulares, seguindo as mesmas velhas soluções, ideologias e candidatos…
Não faltam boas ideias, faltam ouvidos
O ATLÂNTICO desenvolveu uma proposta de Reforma Tributária ao longo de dez anos. Nela, são endereçadas soluções para vários problemas das propostas que tramitaram no Congresso ao longo deste governo. Ela foi apresentada ao Congresso ainda em 2019, mas não encontrou respaldo naquele cemitério de boas ideias. Aliás, onde também jaz o espírito reformador e liberal do presente governo.
O ATLÂNTICO acredita no Brasil. Acredita que existe um meio de transformar o potencial do país em desenvolvimento, prosperidade e oportunidades para o seu povo. E este meio é a realização de três grandes reformas, que são a reforma constitucional, a reforma administrativa e a reforma tributária.
Para o Brasil voltar a crescer, é preciso simplificar e desonerar o sistema tributário. É necessário revisar e cortar despesas públicas, adotando o Orçamento Zero com a Reforma Administrativa. A Reforma Constitucional por sua vez está na base e criará o arcabouço jurídico para as demais.
A saída da crise e do niilismo político é possível. É preciso buscá-la.