A eficiência é um dos pilares da boa gestão pública. Ao lado dos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade, garante o bom uso das verbas públicas.
A eficiência não é apenas atendimento público sem burocracia, mas a capacidade de utilizar os recursos públicos com zelo e diligência, reportando os custos e resultados de cada programa. Na incompreensão do real sentido da eficiência e na incapacidade de aplicá-la, vemos mais um governo naufragar.
O governo federal despendeu R$ 50 bilhões na profilaxia, diagnóstico e tratamento da Covid. Não se conhece a aplicação detalhada destes recursos, muito menos os seus resultados. Não é possível analisar se os gastos valeram a pena, se surtiram os efeitos desejados ou se foram a melhor decisão entre as possíveis. Sem um controle rigoroso dos gastos, o governo incorre numa ineficiência culposa, com desperdício de recursos, que poderiam atender as necessidades da população.
“Mesmo que não houvesse qualquer corrupção no governo, a ineficiência culposa, sem dolo ou má fé, já responderia por um dispêndio entre 10 e 20% em excesso ao necessário para realizar qualquer tarefa de Estado.”, afirma Paulo Rabello de Castro em seu último artigo no jornal o Estado de Minas.