O Produto Interno Brasileiro (PIB) teve crescimento médio de 0,59% ao ano entre 2019 e 2021. A média mundial é de 1,54%, segundo o Estadão. Os resultados contrariam as afirmações sobre os resultados favoráveis da economia realizados pela equipe econômica.
Quando analisamos o crescimento médio entre 2012 e 2021, o desempenho relativo da economia brasileira fica ainda pior: 0,33%, o quinto pior resultado em um ranking de 50 países. São dados que demonstram uma verdadeira década perdida.
Falta de reformas atrasa o crescimento do Brasil
O Brasil está operando há sete anos com capacidade ociosa, com o PIB potencial crescendo pouco e o PIB efetivo, menos ainda, segundo o economista Bráulio Borges, do Ibre/FGV.
Os efeitos de um período longo de baixo crescimento são “cicatrizes” que afetam a própria capacidade de retomada, como a fuga de cérebros e o aumento da aversão ao risco (menor disposição para empreender). Em um cenário de queda de produtividade e baixo nível de investimentos, fica difícil prever uma reversão do quadro.
O país está pagando o preço de não ter feito as reformas necessárias para colocar a economia nos eixos. A reforma tributária não saiu do papel, assim como a reforma administrativa. Sem as reformas, o Brasil não consegue aumentar a competitividade dos seus produtos, revertendo o processo de desindustrialização. Também não consegue atrair investimentos privados, ou realizar os investimentos públicos necessários para melhorar a sua infraestrutura. Seguimos patinando.