O impasse em torno do Orçamento 2021 gerou especulações sobre a queda de Paulo Guedes. Mais que um orçamento mal feito, o que está por trás da especulação é o completo esgotamento da estratégia desenhada pelo superministro.
Nenhuma das metas do ministro da Economia foi concretizada plenamente. Desde a reforma da Previdência, cuja suposta economia fiscal ninguém mais fala, à reforma tributária, que mal foi alinhavada, até a reforma administrativa, de escopo restrito e válida apenas para servidores novos. A reforma federativa permanece uma quimera e a PEC Emergencial foi neutralizada por falta de musculatura política do governo.
Uma política fiscal de controle efetivo do gasto público não mereceu qualquer destaque desde o primeiro dia de governo. A pandemia apenas ampliou o desastre gerencial do superministério, desmantelado pela demissão sucessiva de quase todos os colaboradores relevantes. Tardiamente, o “mercado” passa a questionar a abordagem prometida pelo desalentado ministro.
No artigo publicado no Estado de Minas, Paulo Rabello de Castro analisa as especulações sobre a queda de Paulo Guedes e os motivos do possível rompimento entre o superministro e o presidente Bolsonaro.
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