As estatísticas de desemprego por estados demonstram o efeito desigual da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. A comparação entre o 1º trimestre de 2021 com o 4º trimestre de 2019 (antes da pandemia) mostra que o desemprego aumentou em todas as regiões, mas os estados do Norte e Nordeste sofreram mais, atingindo taxas elevadíssimas e descoladas da média do país.
Os estados da Região Sul, além do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fortes na exportação agrícola, sofreram menos com a crise. Já São Paulo, que concentra 22% da população do Brasil (IBGE), tem uma taxa de desemprego muito próxima da média nacional.
No Sudeste, o Rio de Janeiro teve o mercado de trabalho mais atingido. A taxa do estado já era muito elevada antes da pandemia e ultrapassou vários estados da Região Nordeste em 2021.
As diferentes taxas de ocupação no país demonstram a necessidade de ações específicas para a recuperação da economia e do mercado de trabalho nas regiões mais fragilizadas. Elas também demonstram a maior suscetibilidade política destes locais aos programas de auxílio governamental, fazendo deles peças-chave na corrida eleitoral.