Impostos dobram preços de veículos nacionais

Os impostos embutidos chegam a duplicar o preço final dos veículos brasileiros. Esta carga astronômica, parte do chamado Custo Brasil, é composta pelo IPI (7% a 25%), ICMS (média de 12%), PIS (2%) e COFINS (9,65%), além de outros tributos aplicados à cadeia produtiva.

Segundo um levantamento feito pela ANFAVEA em 2016, nos carros de motor 1.0 movidos a gasolina, a carga tributária é de 48,2%. Já em carros flex com motor 1.0 a 2.0, o imposto é de 52,3%. E nos carros 2.0, o percentual é de 54,8%.

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Uma simulação com o Ford EcoSport Storm 2.0 4WD torna esta distorção ainda mais explícita. Dos R$ 108.890 pagos pelo modelo no final de 2020, R$ 59.672 (54,8%) são impostos.

Em nota oficial sobre a saída da FORD do Brasil, a FIESP reforçou a importância da reforma tributária para manter a competitividade de indústria nacional. “O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos – e ainda há governantes que pensam no absurdo de aumentar tributos, como no caso da inacreditável alta do ICMS em São Paulo. Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa”, defende a entidade.

Mercado internacional de veículos

A Anfavea tem um estudo que compara parte dos impostos incidentes sobre os carros a gasolina de 1.0 a 2.0 cilindradas no Brasil e os impostos correspondentes em outros países. Mesmo sem considerar a totalidade dos impostos, já é possível perceber o quanto a carga tributária do Brasil é mais alta.

IMPOSTO AUTOMOVEIS INTERNACIONAL

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