No primeiro ato deste novo governo, a economia brasileira estagnada, enfrentava o desafio de realizar importantes reformas, essenciais para que o Brasil recuperasse o ritmo de crescimento e gerasse empregos. Eis que no segundo ato, surge a pandemia do Coronavírus e o país passa a enfrentar uma situação verdadeiramente dramática.
Não estamos numa peça teatral. É a realidade que estamos vivendo. Empresas fecharão e trabalhadores perderão o emprego. É uma situação crítica para todos. E, mais crítica, para os mais pobres.
O governo precisa tomar atitudes eficazes, não apenas no âmbito da saúde, mas também na economia, tendo em vista o caos social que a pandemia poderá gerar. A situação fiscal já é muito grave, mas o momento requer políticas de expansão e remanejamento de verbas para ampliação da rede de proteção social. Sem estas medidas, a recuperação da economia, após o surto da doença, será ainda mais difícil.
Se a família, com o orçamento equilibrado e uma boa reserva de recursos enfrenta melhor as adversidades, o mesmo ocorre nos momentos de crise com governos que cuidam bem das suas contas. Infelizmente, não é o caso do Brasil.
A Reforma Tributária, a Reforma Administrativa e a Reforma do Pacto Federativo, que poderiam estar equacionadas, há muito tempo, e facilitando este enfrentamento imprevisível, deverão passar para o segundo plano nas prioridades do Congresso. Mesmo que a pandemia seja superada antes das Eleições Municipais, a tendência é empurrar estes temas para 2021, lamentavelmente!
Neste contexto, é preciso garantir que as reformas não sejam conduzidas de forma precipitada, sem uma análise aprofundada e cuidadosa por parte da sociedade. Neste momento, único em nossa história, o Atlântico – Instituto de Ação Cidadã seguirá no seu papel de propor, informar e debater as reformas tão necessárias à recuperação do país.
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